04 novembro 2008

BARALHAR PENSAMENTOS II

Ele há noites escuras em que vejo tudo mais claro. Felizmente que nos sonhos ninguém toca nem com eles consegue competir. Felizmente são poucos os dias que interferem nos sonhos. Dou total patrocínio a Shakespeare que acreditava (ou simulava bem) que «nós somos do tecido de que são feitos os sonhos».
A boa ideia mantém-nos acordados durante, no máximo, uma manhã. Mas as grandes ideias, conseguem manter-nos acordados durante toda a noite.
E envolvo aqui Nietzsche, ilustre personalidade incapaz de aceitar o sofrimento e as contradições da vida e que argumentava «Nós fazemos acordados o que fazemos nos sonhos: primeiro inventamos e imaginamos o homem com quem convivemos - para nos esquecermos dele em seguida».
Conseguem mesmo acordar para dentro? Isso chama-se Sonhar! Mas não sonhem muito com aquilo que querem demasiado. Acordam logo. «E a vida é uma criança que é preciso embalar até que adormeça».
Música maestro. Música Luz. «Y de noche , y de noche, por no sentirte solo...»

Rui Moutinho 2008

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